Nelson Vieira*
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Pessoa “pinçada” do seio da sociedade em que está inserido para integrar uma instituição de caráter universal, fraterna, considerada enigmática por muitas pessoas, mas que é discreta tem endereço, possui cadastro nacional de pessoa jurídica – CNPJ, site, possui registro em cartório e atua de conformidade com as leis pertinentes ao funcionamento de instituições, neste caso, a Maçonaria.
A pessoa é convidada em virtude de apresentar perfil condizente com as ações da maçonaria. E, em aceitando o convite, e, depois de cumpridos os requisitos necessários ao ingresso na entidade, tem marcada uma data para ser recebido pelos seus pares. É o passo inicial de um caminho a ser trilhado.
Toda a agremiação que se preza tem suas normas, a maçonaria também as tem para a manutenção da ordem, da disciplina e cumprimento das suas finalidades. Então, são seus membros aqueles obedientes as regras que a constituem e zelam pela sua preservação, algo em pratica desde sua criação, ainda na maçonaria primitiva, sem descuidar dos seus propósitos, destacamos a trilogia: Liberdade, Igualdade e Fraternidade no âmbito da humanidade, embora muitas vezes ultrajada pelo homem.
Os maçons espalhados por todos os quadrantes do mundo atuam no ofício do aperfeiçoamento do homem, distanciando-o dos vícios paulatinamente e agregando valores positivos a vida. São livres e de bons costumes, o que não impede de alguém “pisar na bola”, uma vez que, ninguém é perfeito e a perfeição é o norte do maçom, isto é, tem o dever de persegui-la e tentar alcançá-la ou chegar o mais próximo dela, possível.
Nos quadros da maçonaria passaram homens que dignificaram a instituição, alguns são conhecidos e reconhecidos pelos seus feitos, outros poderão ainda ser de domínio público, no decorrer do tempo.
São muitos os maçons, citamos um grupo: Nelson Mandela, Beethoven, Pestallozzi, Goethe, San Martin, Amadeus Mozart, Pe. Antonio Diogo Feijó, Rui Barbosa, Antonio Carlos Gomes, Quintino Bocaiúva, José Bonifácio, George Washington, Henry Ford, Walt Disney, Isaac Newton, Antoine Laurent Lavoisier e William Shakespeare.
Então ser maçom não é o que muitos pensam e sim conforme o registro nas palavras de Jorge Buarque Lyra, como segue neste na íntegra:
SER MAÇON
Vigas Mestras de Maçonaria
de Jorge Buarque Lyra
de Jorge Buarque Lyra
Ser Maçon é ser amante da Virtude, da Sabedoria, da Justiça e da Humanidade.
Ser Maçon é ser amigo dos pobres e desgraçados, dos que sofrem, dos que choram, dos que têm fome e sede de Justiça e propor como única norma de conduta o bem de todos e o seu progresso e engrandecimentos.
Ser Maçon é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos e a paz do gênero humano.
Ser Maçon é derramar por todas as partes os esplendores divinos da instrução, educar a inteligência para o bem, conceber os mais belos ideais do Direito, da moralidade e do amor e praticá-los.
Ser Maçon é levar à pratica aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e de todos os séculos, que diz, com infinita ternura aos seres humanos, indistintamente, do alto de uma Cruz e com os braços abertos ao mundo: "Amai-vos uns aos outros, formai uma única família, sede todos irmãos" !
Ser Maçon é olvidar ofensas que se nos fazem, ser bom, até mesmo para com nossos adversários e inimigos, não odiar a ninguém, praticar a Virtude constantemente, pagar o mal com o bem. Isto é ser Maçon.
Ser Maçon é Amar a luz e aborrecer as trevas; ser amigo da Ciência e combater a ignorância, render culto a Razão e a Sabedoria. Isto é ser Maçon.
Ser Maçon é praticar a Tolerância, exercer a Caridade, sem distinção de raças, crenças ou opiniões, lutar contra a hipocrisia e o fanatismo. Isto é ser Maçon.
Ser Maçon é realizar, enfim, o sonho áureo da Fraternidade universal entre todos os homens. Isto é ser Maçon.
*Membro da AMLMS, Ass. Inter. Poetas Del Mundo, AACLCA-POA e ALB.
