segunda-feira, 19 de maio de 2014

Misóginos... artigo de Delasnieve Daspet

MISÓGINOS... 
artigo de minha autoria na página 2 OPINIÃO - do Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul - de hoje - 19.05.14 
http://www.oestadoms-flip-page.com.br/flip/19-05-2014/02.pdf
Agradeço a leitura e o comentário.
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Misógenos...
               - Delasnieve Daspet
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É só um conto que conto...
E assim seguem...
Batem diariamente no peito, elogiando-se por suas grandes obras, inéditas, jamais vistas na historia e que superariam, pelo seu entendimento, tudo o que já foi publicado anteriormente.
Achas que falo de políticos?!
Não! Estou a falar de... de tudo e de todos, entendes?
É,  sei... não estas entendendo nada, então vou dizer desde o início.
Existem, lá na minha terra, uns misóginos, que se imaginam os reis da cocada... Cocada é o termo certo pela origem, se é que  me  entendes..
Bem, uma vez por semana ou em solenidades os tais se elogiam, e elogiam, e elogiam...
Aí, daquelas que inadvertidamente cruzam seus caminhos!
Daquelas?!
Sim! Misógino não gosta de mulher, da companhia da mulher... Não sabias ?!
Ou que eles imaginem que vão lhes roubar o trono... Trono?!  Perguntas?
Sim, respondo – trono! Pois chegam a comparar-se a Homero... Platão, Dante,  “ Padin Ciço “ – os demais são fichinhas... já estão pensando em Prêmio Nobel... Desgraceira pouca é bobagem!
Para esses  a mulher tem só tem  neurônios para  cozinha,  para lavar e  para passar... e, claro – para servir sexualmente. Ou seja – não passa de uma coisa.
Lamentavelmente isso é uma tendência de alguns segmentos de nossa sociedade e até de alguns que se acreditam expoente culturais, agentes literários, aqueles que levam a cultura ao povo... ( sic! ).
Uma sociedade machista, me perguntas?
Sim e não,  te respondo.
Na verdade, penso que se trata de pessoas que querem a continuidade da submissão ampla, geral e irrestrita por  parte da mulher, e, tenta mudar leis, estatutos, registros, atas, etc., para que essa superioridade que acredita ter e possuir  – persista.
E o que ocorre quando se deparam com alguém que não conseguem dominar, pisar, quando encontram alguém de fibra... enlouquecem!
O pior ocorre, quando esse alguém, é uma mulher, supremo desaforo, te respondo...
Tenho meus conceitos de que quando um homem deprecia uma mulher ou as mulheres, ainda que a cante em versos e prosas, alguns num arcabouço arcaico linguajar, ele não passa de um misógino.
Observa e não te enganes amiga: o misógino pode ser o mais encantador dos homens, lírico, romântico, sedutor, mas por sua incontrolável incapacidade – em qualquer setor – procura, sempre, deixar  a mulher abaixo do calcanhar...
Não olvides: geralmente ele canta, declama, escreve, filosofa, aparentemente é gentil... Mas não passa de um grosseirão, de um ciumento, de um invejoso... Se conheces um homem assim – afasta-te!
Na fraqueza estão  os pontos vulneráveis que devemos revestir de forças...
A esse tipo de homem faz bem imaginar-se poderoso, imaginar que todos tenham medo de si, que todos os respeitam, que sua escrita é lei.... Que são o centro da atenção e do respeito por parte de todos.
Na verdade,  são viciados em si próprios e em seus egos. .. O espelho apenas os reflete, como uma droga!
Assim seguem...
Na verdade, caro leitor, não é – só -  um conto o que eu conto!

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"A [misoginia] é um aspecto central do preconceito sexista e ideológico, e, como tal, é uma base importante para a opressão de mulheres em sociedades dominadas pelo homem. A misoginia é manifestada em várias formas diferentes, de piadas, pornografia e violência ao auto-desprezo que as mulheres são ensinadas a sentir pelos seus corpos."1

Um comentário:

  1. ----- Original Message -----
    From: Maria Helena Sarti To: daspet@uol.com.br Sent: Monday, May 19, 2014 9:03 PMSubject: sobre o artigo Misóginos


    Misoginia/misandria/misantropia...

    Sou professora há 30 anos, aposentada algumas vezes para descansar a carcaça e como Fênix ressurgir das cinzas.

    Graças ao meu caminhar com a literatura conservei um acervo de livros (+ - 1000 exemplares), os quais confesso, li quase todos, porém, para meu espanto fiquei boquiaberta ao ler hoje, pela tarde, o artigo de Delasnieve Daspet: Misóginos.

    Misoginia é o ódio, desprezo ou repulsa ao gênero feminino e às características a ele associadas (mulheres ou meninas). A palavra vem do grego misos (μῖσος, "ódio") e gyné (γυνή, "mulher"). É paralelo à misandria, o ódio para com o sexo masculino. Misoginia é o antônimo de filoginia, que é o apreço, admiração ou amor pelas mulheres.

    A misoginia é por vezes confundida com o machismo e com o androcentrismo, mas enquanto que a primeira se baseia no ódio ou desprezo, o segundo fundamenta-se numa crença na inferioridade da mulher e o último com a desconsideração das experiências femininas perante o ponto de vista masculino.

    “Só um conto que eu conto” comenta a escritora, mas a partir daí disserta um verdadeiro afã (diligência) de ensinamentos acredito que jamais lido.

    Leio-a sempre de um só fôlego, depois volto para a análise (afinal sou professora de Literatura) e deleito-me na leitura profunda.

    Acredito pelo pouco conhecimento, que a misoginia é mais antiga do que a própria humanidade.

    Fiquei meditando e lembrei que os livros da Bíblia tratam homogeneamente o homem e a mulher como “homem”, apesar de que Jesus quando aqui esteve provou que amava e muito às mulheres praticando a filoginia, uma vez que se comunicava, sempre, com as mulheres em primeiro.

    Bem, o que resta é ler muitas vezes este artigo queleva à meditação sobre o momento vivido por toda a humanidade.

    Misoginia, misandria, misantropia (aversão ao ser humano em geral) é o que nos deparamos a todo instante, diuturnamente.

    Gostaria que este artigo não ficasse somente nas páginas do jornal que será embrulho amanhã, mas sim, que circulasse pelo mundo inteiro para que alguém o lesse com atenção e entendesse que assim estamos vivendo, às vezes, sem perceber.

    Quanto aos homens? Poderíamos aplicar-lhes um apelido tal como: MIJÓSINOS, afinal estamos cercados de neologismos...



    Nena Sarti, professora de Literatura, Redação, poeta e leitora. Maio de 2014.

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