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DE TEMPO EM TEMPO
Nelson Vieira
Ultimamente com mais frequência somos sacudidos por avalanches de ações de lesa pátria, frutos de manobras arquitetadas com requintes de quanto mais abocanhar melhor, a luz do dia. E, quando vem a público, os acontecimentos que mexeram com o alheio, é um tira da reta danado, ô gente, padim Ciço! Não, não eu não vi, não sei de nada, sou o último, a saber, e as “brincadeiras” acontecendo pertíssimo das barbas. O repertório já está viciado, sempre a mesma retórica.
A polícia investiga, o ministério público se manifesta e denuncia, com provas incontestes, robustas, integrantes do feito apuratório, que segue a justiça. Como sabem vivemos num país “democrático pra caramba”, onde sem sombra de dúvida, “a igualdade deve ser aplicada a todos”, pelos menos é o que consta na Carta Magna.
A população fica sabendo quem são os acusados e depois réus na fase do julgamento. Aí, obedecido ao rito todos tem direito a defesa, mas cá pra nós são ditas tantas asneiras, que muitas vezes falta coisinha de nada para tornar o réu um santo (o correto seria:santo de pau oco).
A princípio impressiona as posições dos supostos infratores, detentores de cargos ou funções relevantes no cenário nacional (nenhum pé de chinelo). Aquela de dizer que são uns pobres coitados fica prejudicada, a argumentação. Além do que recebem salários polpudos de fazer inveja a muita gente, com acréscimos de vantagens atinentes a titularidade dos cargos.
Alguns políticos são audaciosos, coisa de louco, mesmo depois de terem seus nomes dados como envolvidos em questões nebulosas, em situações de fraudes, tentaram a sorte, e não é que deu certo. Pela vontade do povo foram reconduzidos a vida pública. Ressalta-se que o impedimento ocorre na ocorrência de condenação. Entretanto, onde há fumaça, há fogo. Acontece em meio a uma população um tanto quanto composta de alienados. No computo geral, poucos são os interessados em saber o que acontece no país.
Em querendo fazer um teste, perguntem para algumas pessoas em quem votaram na eleição passada. As respostas podem ser do tipo: “sabe não me recordo”. “Já faz tempo, esqueci”. “Ah! Deixa pra lá, isso pertence ao passado”.
Estamos em pleno julgamento do “mensalão”, puxa que novela, tem enredo, uma baita trama. Digno de amanhã ser levado para as telas do mundo, uma vez que, tem “mocinhos, foras da lei, bandos e xerifes”. Dos meandros do imbróglio advirão dados (pormenores) que desconhecemos e, que paulatinamente estão sendo colocados nas sessões do STF.
Chama a atenção que no pretérito tivemos partidos ou agremiações de presos políticos e, na atualidade ocorre uma inversão, ou seja, partidos de políticos presos. Já atentaram para isso?
Fiquem ligados, a maior arma de um povo é o voto consciente. Evitemos os percalços de tempo em tempo.
Membro da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul.
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