DEPENDÊNCIA
Nelson Vieira
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Ninguém sabe na íntegra, sobre o dia seguinte ou será que sabe? O que poderá acontecer? Não confundir com previsões.
A verdade é que surgirá um novo dia, isso com certeza, é óbvio.
Mil e umas coisas temos para realizar a cada dia e, precisamos estar em forma, pronto para e a fim de, como comumente dito em algumas corporações, após treinamentos específicos que torna apto o praticante para os enfrentamentos diários.
Para tanto, além de estar preparado fisicamente, fato não comum entre nós pobres mortais, faz-se necessário à paz interna, estarmos de bem com nós mesmos, dispostos para o que der e vier.
Na pratica isso é difícil, porque vivemos cheios de afazeres (muito bom ter o que fazer), mas não é só, temos compromissos já em andamento e outros tantos programados, porém existem os imprevistos.
Nos imprevistos, por exemplo, podemos citar as doenças, perda de emprego e etc. e tal. Não queremos ser pessimistas, mas é o que acontece diariamente, ora com um, ora com outro, faz parte da vida.
Ah! Alguém pode dizer: “Eu estou preparado, sou organizado e prevenido”. Sorte dele. Dos males o menor, pensemos assim. Entretanto, basta acontecer para podermos aquilatar o resultado.
Ser dono do próprio nariz, ter livre locomoção (ir e vir), ter decisão, mando e domínio das ações, é fundamental. E, por que dizemos isso? Dizemos para afirmar que somos dependentes. Todavia, quanto menos, mais qualidade se tem no ganho de tempo e em outras variantes da vida.
A dependência tem vários enfoques, ou seja, no social, econômico e cultural. Todos precisam uns dos outros. O homem é um ser social por natureza.
É ruim ter que depender de terceiros para (para tudo) resolver questões, problemas, por vezes os mais simples. As pessoas têm lá seus problemas, quem não os tem? E ainda tem que ser solidário com indivíduos problemáticos (por analogia igual “a cotia que não vê seu próprio rabo”), nem sempre do seu relacionamento. É, mais o que se planta se colhe.
Imaginem o indivíduo cheio de saúde, ciente de suas obrigações, responsável e, de repente ficar tolhido. Uma dependência gerada a contragosto. Não é fácil encarar a situação. E, depois contar com a boa vontade das pessoas, até mesmo para alcançar um copo com água.
Lógico que dependendo da condição financeira do dependente poderá o mesmo pagar para ser servido ou atendido por profissionais, durante o tratamento ou pela vida toda. Entretanto, nem todos podem arcar com custos de contratação e manutenção de pessoas especializadas.
Por outro lado, ter muito dinheiro, ajuda, ameniza, mas não é tudo. O sujeito pode ser abastado e, pouco ou quase nada usufruir, devido à saúde precária.
Quem dera pudéssemos ser totalmente independentes, livres para voar, andar sobre as nuvens, andar, viajar para os quatro cantos do mundo, sem pedir permissão. Ter o alimento necessário, roupas adequadas com o lugar, saúde de ferro, amor para dar e receber e não houvesse a violência.
Sejamos realistas, nada de hipocrisia, estamos em transito por aqui, a receita está na pratica do bem, o mal contagia o próprio malfeitor, tornando-o no fundo um infeliz, carente de ajuda para eliminação de seus vícios.
Ah! Como seria bom! Sonhar nunca é demais. Não esqueçamos o Criador, razão do nosso viver, em quem depositamos nossas esperanças por dias melhores, com menos dependência, enquanto no cumprimento da nossa jornada nesta plaga, até quando a permissão for concedida.
Membro da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul.
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